quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Luz e trevas

Vamos começar nossa consideração, lendo a primeira menção destas duas palavras, “luz e trevas”, nas Escrituras. Gênesis 1:2, 3 e 4: “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: ‘Haja luz’; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz, e fez Deus separação entre a luz e as trevas.”
É destacado bem no início das Escrituras Sagradas que havia trevas antes da luz! Permanecendo as trevas, toda a maravilha da criação de Deus, jamais seria vista; jamais seria admirada! Então, antes de mais nada, poderosamente a voz de Deus ecoou sobre a face do abismo, rasgando as trevas que ali imperavam: “Haja luz”! Ao som poderosíssimo da voz do Senhor, simplesmente houve luz! Mas, luz e trevas nunca podem estar juntas, pois Deus fez esta separação. Onde a luz resplandece, as trevas fogem. Onde a luz é fraca, as trevas prevalecem.
Com isso em sua mente, veja agora o que a Bíblia nos diz em I João 1:5 : “…Deus é luz, e não há nEle trevas nenhumas.” Isso é muito sugestivo e interessante! Não apenas que Deus habita na luz inacessível ao homem, como lemos em I Timóteo 6:16, mas que Deus é luz. Deixa essa verdade gloriosa aquecer seu pensamento por um pouco. Deus é luz! Nunca pode haver treva alguma onde Deus está. Ele habita na luz mais clara que o sol ao meio dia e Ele é a própria luz daquele lugar!
Mas, é muito triste ler na Bíblia que não somente as trevas no sentido físico permanecem, mas também algo que é chamado pelo Senhor Jesus “o poder das trevas”. O que vem a ser isso? Leia em Lucas 22:53 : “Tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.” O Senhor chamou aquilo, o ato dos sacerdotes, anciãos do povo e capitães do templo, virem ali perto do jardim do Getsêmani, para O prenderem. O beijo de Judas completou aquela cena de horror, quando O Senhor Jesus Se entregou nas mãos dos homens.
Contudo, devemos nos lembrar de uma coisa. Quando João começa a escrever o Evangelho, ele diz do Senhor Jesus: “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens…E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam…Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo”. (Jo. 1:4, 5, 8, 9). Não só a nação de Israel, mas o mundo todo, estava mergulhado em trevas espirituais, nem pensando na santidade de Deus, nem no pecado. Ao chegar no capítulo 3, João explica tudo isto, dizendo que Deus enviou Seu Filho ao mundo, como já vimos, a luz do mundo e, agora completa, para salvar o mundo! Porém, qual a explicação dada por João, pela rejeição ao Senhor Jesus? Ele diz: “…e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” Fácil de entender; uma criança entende! Mas o orgulho impede, ofusca a vista dos homens, que preferem ficar nas trevas do que se achegarem à luz. Uma única razão é dada para esta atitude do homem: “não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” Isso quer dizer, para que o pecado dos homens não seja manifesto, não seja visto.
Quero encerrar, voltando ao relato de Lucas, quando O Senhor Se entregou nas mãos dos homens. Ali estava Ele, a verdadeira luz, pronto a enfrentar as trevas e seu império. Quase à hora sexta, isto é, meio dia, o sol se escureceu e hove trevas sobre toda a terra. Naquela período de tempo, não sabemos o que houve, mas sabemos que ao Pai agradou moe-Lo fazendo-O enfermar. Sabemos que nossa culpa, nosso pecado, Ele levou sobre Si e, por suas pisaduras, suas feridas, nossas chagas foram curadas. Não chagas físicas, mas chagas podres do nosso pecado. Mateus e Marcos nos contam que, perto da hora nona, isto é, três horas da tarde, O Senhor Jesus, em grande agonia, clamou com grande voz: “Deus meu, Deus meu, porque Me desamparaste?” Ele muito bem sabia! Deus, O Pai, desamparou Seu próprio Filho, para nos amparar a nós, miseráveis e indignos! Mas é Lucas que encerra esse capítulo da história dizendo as últimas palavras do Senhor Jesus na cruz: “ Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” O assunto fora tratado! A obra fora consumada! O pecado fora julgado! Ele deu Sua vida! Ninguém tirou, mas foi Ele que deu por nós. O que você pensa Dele? Quem é Ele para você? Reflita sobre isto! Amém.

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